quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O SACRISTÃO

Ele gostava de trabalhar na igreja, foram doze anos fazendo o mesmo serviço, mantendo o edifício da Igreja em ordem, guardando os objetos sagrados. Como sacristão seu salário era pouco, porém era o que ele sabia fazer. Com a chegada do novo padre, o irmão Zenildo, que não sabia ler nem escrever, ficou em papo de aranha, porque o padre exigiu que ele fosse estudar, caso contrário seria impossível ele trabalhar como sacristão.
O irmão Zenildo foi dispensado da igreja, ficou desempregado e muito triste, mas teve uma brilhante idéia, resolveu ser candidato a vereador.
Como ele era bem popular, não deu outra, foi eleito vereador da cidade, um dos mais votados.
Passado algum tempo ele foi abordado por alguém que lhe disse: irmão Zenildo, você é uma pessoa bem conhecida, por que então não aprende a ler e escrever? Com sua popularidade você poderia ser um deputado! No que ele respondeu: que nada; se eu soubesse ler e escrever eu seria sacristão!

Moral da história: Para ser político no Brasil, basta ser brasileiro e contar piadas, nem precisa saber ler, pode até estar preso e cheio de processos, o que manda é a popularidade.
Se não fosse trágico, seria cômico.
Professor JOÃO LEANDRE JORGE
leandrejorge@gmail.com

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