domingo, 19 de agosto de 2007

CÓDIGO MORSE

Uma pequena notícia no jornal anunciava um emprego numa grande empresa de navios. Eles estariam selecionando apenas uma pessoa. O requisito básico para este emprego era “entender o código Morse”. O código Morse é uma espécie de sinal usado para comunicação entre aeronaves e embarcações marítimas.
Como o desemprego era muito grande naquela região portuária, no dia da entrevista a sala da recepção da empresa estava lotada. Havia mais ou menos 40 pessoas aguardando a entrevista. O horário combinado para comparecer na empresa era 8:00 horas da manhã.

O Relógio apontava 8:00 horas: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi
As pessoas chegaram cedo, um pouco antes das oito, a maioria, talvez 90% dos interessados eram rapazes. Eles estavam bem vestidos e sonhavam com o emprego cujo salário era bem convidativo. Enquanto a secretária não chegava, o porteiro estava ali para recepciona-los.

O Relógio apontava 8:15 horas: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi
A ansiedade dos que aguardavam era evidente. Alguns roíam as unhas, outros cruzavam os dedos, arrumavam o cabelo, ensaiavam o discurso na mente enquanto esperavam a chegada da recepcionista para preencherem a ficha da entrevista.

O Relógio apontava 8:30 horas: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi
Depois de meia-hora, Ouvia-se a reclamação de alguns que já estavam cansados de esperar e sentiam-se incomodados porque até aquele momento ninguém sequer foi pelo menos dar uma satisfação do atraso, a secretária não chegou e o porteiro não sabia dizer o que estava acontecendo.

8:45 horas: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi
Existia na sala da recepção, bem no canto esquerdo, uma pequena porta azul que estava fechada. Um moço vestido de amarelo levantou-se do meio de toda aquela gente e se aproximou da porta e ficou ali parado, em pé, olhando para o relógio.

9:00 horas da manhã: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi
A não ser o porteiro, até aquele momento ninguém apareceu na empresa. Enquanto isso, o povo reclamava a falta de respeito pelo atraso, alguns desanimados foram embora, mas o moço de amarelo abriu a porta azul e entrou.

O Relógio apontava 9:30 horas da manhã:
A essa altura do “campeonato” os ânimos estavam acirrados e podia se ouvir palavrões e muitos reclamos. Quase metade das pessoas nem estavam mais ali. De repente surge alguém por aquela porta azul e pede silêncio.
“ Silêncio, silêncio , por favor, silêncio. Vocês podem sair, podem ir embora porque nós já escolhemos uma pessoa para admitirmos”
O tumulto começou e as pessoas questionaram: “Como Já escolheram se nós nem sequer fomos entrevistados?”.
“Calma, Calma”, respondeu aquele senhor: Nós enviamos a mensagem em “código Morse” desde às oito horas da manhã . A mensagem era essa: Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi piiiiii piiiiii pi pipipi Pii pi pi piiiiiiii pi pi pi, ou seja, para ser entrevistado, entre pela porta azul no lado esquerdo da recepção às 9:00 horas
“Sinto muito informar-lhes, mas, A única pessoa que estava atenta e entendeu a mensagem do código Morse foi aquele moço de amarelo, por isso não é necessário entrevistar mais ninguém”.

Moral da estória: Nós perdemos várias oportunidades na vida por não entendermos as mensagens que nos são direcionadas ou talvez por não estarmos atentos a essas mensagens.

Prof. JOAO LEANDRE JORGE

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

BOLO QUADRADO

Todas as vezes que FABI ia à casa de sua amiga, Marta lhe servia bolos quadrado. Por curiosidade ela perguntou à sua amiga por que ela só fazia bolos quadrados.
Marta lhe contou que quando ela era mais nova, a mãe lhe ensinara a fazer bolos quadrados, disse que era o certo.
FABI, conhecida da família, equivocada, foi até a casa da mãe de Marta e lhe fez a mesma pergunta: Por que a senhora ensinou sua filha a fazer apenas bolos quadrados? E também, por que a senhora só faz bolos quadrados? Ora FABI, respondeu dona Karina, fazer bolos quadrados é o certo! Minha mãe me ensinou assim, lá em casa a gente só comia bolos quadrados.
Inconformada com aquela resposta, FABI continuou sua pesquisa. Ela foi até a casa da vó de Marta, uma velhinha bem simpática, beirando os seus 80 anos de idade, muito lúcida e hospitaleira.
FABI com muito respeito e cuidado, procurou falar com a Vovó Maria de forma simples. Ela contou à vovó que gostava muito da neta dela e que sua neta só fazia bolos quadrados e que essa era uma tradição de família.
Vovó Maria estranhou a expressão “tradição de família” e perguntou à FABI, por que tradição de família? Bem, respondeu FABI, Marta disse que aprendeu com dona Karina que o correto mesmo é fazer bolos quadrados e dona Karina disse também a mesma coisa e que foi a senhora que a ensinou assim.
Ora minha filha! Eu nunca disse isso. Eu sempre fiz bolos quadrados porque nunca tive fôrmas redondas; pra mim, bolo é bolo, pode ser quadrado, pode ser redondo, triangular, de qualquer forma.
É interessante notar que se passaram quase oitenta anos e eu nunca soube disse.

Moral da história: Às vezes pensamos de forma “quadrada” porque não abrimos a mente para aquilo que é real e verdadeiro.
Condicionamos-nos ao místico, ao cultural, ao religioso sem considerar aquilo que é cientifico.
Prof. JOÃO LEANDRE JORGE

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A CORRIDA DOS SAPOS

Num brejo distante da capital, uma comunidade de sapos se reúne com freqüência para realizar eventos entre eles. Os sapos decidiram promover uma corrida e muitos deles se inscreveram para participar dessa maratona.
O lugar determinado para a corrida era um brejo muito irregular, cheio de pedras, buracos e galhos tortuosos. O prêmio seria dado àquele que conseguisse chegar primeiro ao topo do morro ao lado do brejo.
É dada a largado, a platéia vibra com gritos e aplausos. Os sapos começam a enfrentar os obstáculos e logo de cara um deles desiste. O lugar e realmente difícil e o público presente percebe e começa a se manifestar dizendo: “ eles não vão conseguir, é muito difícil, eles não vão conseguir ” .
No meio do caminho um tropeça, outro se machuca, outro ainda fica extremamente cansado e a multidão de sapos continua dizendo; “ eles não vão conseguir “.
Quase no final do percurso sobraram apenas três participantes, três exaustivos sapinhos que insistiam na corrida apesar de ouvirem ” eles não vão conseguir” “eles não vão conseguir” .
De fato eles não conseguiram chegar ao topo da montanha com exceção de um apenas. Nas ultimas puladas do sapo ganhador o povo ainda insistia nas palavras “ele não vai conseguir, esta difícil demais, com certeza ele não vai conseguir”.
Com perseverança e determinação o sapinho totalmente cansado e literalmente quebrado chegou ao ponto mais alto para receber o premio. Os repórteres se aproximaram dele e com entusiasmo perguntavam? Como conseguiu?, sim como conseguiu essa façanha?, responda; como conseguiu vencer todos os obstáculos? E o sapo não respondia nada! Como conseguiu vencer? O sapo dizia : ãn? Como conseguiu vencer os obstáculos? E o sapo respondia: ãn?, ãn? Por que não responde? Ãn? Ãn? Fale conosco dizia o repórter. Ãn? Ãn?.
Depois de algum tempo uma sapinha aproximou-se dos demais e disse : ele é surdo, não responde porque é surdo!

Moral da história:
o sapo só conseguiu vencer porque não podia ouvir os gritos da platéia que dizia que eles não conseguiriam. Na vida real devemos tapar os ouvidos das palavras negativas que impedem que sejamos vitoriosos. Devemos prosseguir em nossa caminhada independentemente das circunstancias sejam boas ou ruins. Devemos confiar em Deus que sempre nos dará força para vencermos a corrida

Prof. JOÃO LEANDRE JORGE

domingo, 5 de agosto de 2007

O ANEL

Sentado bem lá no fundo da sala de aula, José Carlos um garoto tímido de dezesseis anos, não tinha amigos. Ele se sentia desprezado pelos colegas de classe pelo fato de que seus hábitos eram bem diferentes dos demais.
José Carlos levava frutas para comer no intervalo, gostava de ler e desenhar enquanto que a galera da sala curtia músicas e bate-papo.
Um dia o garoto se aproximou do professor e lhe contou como se sentia. Ele dizia ao mestre que seus amigos não lhe davam valor e o menosprezavam.
O professor ocupado com as tarefas da classe, provas para corrigir, não deu atenção ao moço e lhe disse: “Depois a gente conversa sobre isso. Eu preciso que você me ajude, Estou precisando de dinheiro por isso vá até ao mercado e tente vender este anel. Eu não sei quanto custa o anel, mas não venda por menos do que duas moedas de ouro”.
O anel era muito bonito e tinha uma pedra esverdeada toda cheia de detalhes.
Mesmo desanimado pela falta de atenção do professor com o seu problema, o garoto pegou o anel e saiu oferecendo para várias pessoas que encontrava.
José Carlos se esforçou e ficou o dia inteiro oferecendo o anel, mas cada pessoa que era abordada por ele, oferecia um valor inferior a duas moedas de ouro.
Um dizia: Isso não vale duas moedas de ouro, eu te dou, duas moedas de prata. Outro ofereceu apenas uma moeda de ouro, outro ofereceu menos ainda.
O garoto desanimado voltou ao professor e explicou o que aconteceu. Ele Disse: “Sabe professor; eu tentei vender, mas cada um dava um valor diferente para o anel e como eu não sabia o valor verdadeiro, eu não consegui nada”. “Ta aqui o anel”.
O professor olhou para o rapaz e lhe disse: “Vamos fazer o seguinte: Você vai até o joalheiro que fica na praça central e peça para ele avaliar o anel”. “Pergunte a ele quanto custa o anel e se ele compra”.
José Carlos foi ate o joalheiro e fez como o professor mandou.
O joalheiro com uma lupa observou aquela jóia com bastante cuidado e então disse ao moço: “Garoto, essa peça é muito rara, o anel além de ser ouro puro, tem uma pedra grande de esmeralda pouco comum. Este anel vale pelo menos 70 moedas de ouro”. Eu não posso dar essa quantia a voce , mas se quiseres, eu te pago 58 moedas de ouro.
José Carlos estalou o olho, engoliu seco e falou para o joalheiro que depois de conversar com o professor ele voltaria ali.
Apressadamente, totalmente entusiasmado, o moço foi à escola e sem bater na porta ele entrou na sala do professor e contou o que aconteceu ali na joalheria e falou do valor real do anel.
O professor também entusiasmado disse ao garoto: “Agora podemos conversar sobre aquele assunto que você me falou dos amigos não te darem o devido valor”.
Todos nós temos valor, mas o valor correto de cada pessoa ou objeto só pode ser identificado quando é avaliado por um especialista. Dentro daquilo que eu entendo do ser humano, você é um garoto de ouro, porém, Deus é o maior especialista em gente, foi ele quem criou o homem e Ele mesmo te valoriza te dando habilidades e capacidade para ser diferente”.
Enquanto o professor falava, as lágrimas corriam no rosto de José Carlos que compreendeu o profundo valor de sua vida.
Voce que lê essa história saiba de uma vez por todas que o seu valor é imensurável. você é singular, dessa forma se torna raro (a) e especial. Nunca permita que o menosprezem pois voce faz parte do sonho de DEUS antes mesmo de nascer.

Prof. JOÃO LEANDRE JORGE

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

JOÃO NINGUÉM

Até hoje me perguntam:
- Qual é o seu nome?
- João Leandre Jorge
- Espera ai, e seu sobrenome?
- Eu não tenho
- Como assim?
- Eu tenho três nomes: João, Leandre e Jorge
- Como as pessoas te chamam?
- Alguns me chamam de Leandre Jorge, outros de João Leandre, há quem me chame de João Jorge e outros de Jorge Leandre ou simplesmente Leandre.
- Como você prefere que te chamem?
- A preferência é de quem chama por mim, eu não tenho preferência porque gosto do João, gosto do Leandre, gosto do Jorge, eu gosto de mim. Podem até me chamar de Joãozinho, eu continuo gostando de mim e do meu nome. Eu me amo, é verdade, eu me amo demais.
Lembra-se daquela frase dita por Jesus “ame ao próximo como a ti mesmo?”, então, eu aprendi a amar as pessoas me amando.
Eu aprendi a me amar quando descobri o grande amor de Deus por mim. Quem era eu pra que Ele se preocupasse tanto comigo a ponto de enviar seu único Filho para me substituir numa cruz?
Quem sou eu pra receber tanta proteção e não temer mal algum se estiver andando no vale da sombra da morte? Por que Ele me levaria pra descansar aos pastos verdejantes e às águas tranqüilas se eu não tivesse valor?
Sinto-me tão forte, tão seguro a ponto de me achar capaz de assumir o comando de toda e qualquer situação, pois nada me derruba a não ser a ausência de Deus. Ele é o meu pastor e nada me faltará.
Porque me amo, eu mesmo decidi estar no lugar certo e com as pessoas certas ao meu redor, sempre na hora certa. Decidi tomar atitudes corretas, medir as palavras que saem da minha boca, selecionar aquilo que vejo e ouço, decidi ocupar meus pensamentos com coisas boas e honestas. Porque me amo vou ter gestos positivos e saberei me calar com facilidade nas situações diversas.
Eu me chamo João porque João é um nome comum assim como sou comum, João é um nome importante assim como eu sou importante. Não sou um João ninguém, mas se ninguém é perfeito, então eu posso ser um João ninguém pela minha imperfeição, ou quem sabe ser o João perfeito, já que ninguém; é perfeito.