sexta-feira, 17 de agosto de 2007

BOLO QUADRADO

Todas as vezes que FABI ia à casa de sua amiga, Marta lhe servia bolos quadrado. Por curiosidade ela perguntou à sua amiga por que ela só fazia bolos quadrados.
Marta lhe contou que quando ela era mais nova, a mãe lhe ensinara a fazer bolos quadrados, disse que era o certo.
FABI, conhecida da família, equivocada, foi até a casa da mãe de Marta e lhe fez a mesma pergunta: Por que a senhora ensinou sua filha a fazer apenas bolos quadrados? E também, por que a senhora só faz bolos quadrados? Ora FABI, respondeu dona Karina, fazer bolos quadrados é o certo! Minha mãe me ensinou assim, lá em casa a gente só comia bolos quadrados.
Inconformada com aquela resposta, FABI continuou sua pesquisa. Ela foi até a casa da vó de Marta, uma velhinha bem simpática, beirando os seus 80 anos de idade, muito lúcida e hospitaleira.
FABI com muito respeito e cuidado, procurou falar com a Vovó Maria de forma simples. Ela contou à vovó que gostava muito da neta dela e que sua neta só fazia bolos quadrados e que essa era uma tradição de família.
Vovó Maria estranhou a expressão “tradição de família” e perguntou à FABI, por que tradição de família? Bem, respondeu FABI, Marta disse que aprendeu com dona Karina que o correto mesmo é fazer bolos quadrados e dona Karina disse também a mesma coisa e que foi a senhora que a ensinou assim.
Ora minha filha! Eu nunca disse isso. Eu sempre fiz bolos quadrados porque nunca tive fôrmas redondas; pra mim, bolo é bolo, pode ser quadrado, pode ser redondo, triangular, de qualquer forma.
É interessante notar que se passaram quase oitenta anos e eu nunca soube disse.

Moral da história: Às vezes pensamos de forma “quadrada” porque não abrimos a mente para aquilo que é real e verdadeiro.
Condicionamos-nos ao místico, ao cultural, ao religioso sem considerar aquilo que é cientifico.
Prof. JOÃO LEANDRE JORGE

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